Medo da morte
“Se quiseres poder suportar a vida, fica pronto para aceitar a morte.” S. Freud
Ter medo da morte é algo bastante comum, e acho que todos nós podemos entender o motivo. O medo é mais comum entre aqueles que já passaram do meio da vida, pois quanto mais próxima, mais real parece.
A morte é um tabu. E sem querer ser muito clichê – uma certeza, mas que parece mentira. Aquele tipo de coisa que parece que só acontece com os outros.
Mas por que o ser humano tem medo da morte?
Primeiro, porque tem consciência dela.
Segundo, porque tem medo do desconhecido. O que existe ou não do lado de lá vai da fé de cada um.
Terceiro, porque tem medo da passagem em si. Pode ser sofrido.
Quarto e talvez último, porque não quer deixar coisas, pessoas, trabalho ou seja lá o que mais para trás.
E o que Freud quer dizer com a frase que inaugura esse post?
Acho que é simples: quem não tem medo do desconhecido, quem não tem medo do sofrimento, e entende como as coisas na vida são passageiras, está pronto para viver livremente. Aceita a vida em sua forma fluída, imprevisível e dinâmica. E, talvez mais que tudo, superar o medo da morte – e aí entra uma questão de fé – pode ser entender que o que morre é a carne, mas que algo que independe disso pode continuar.
Como disse Lao Tsé no poema 52 do Tao Te Ching: “Quem tem a consciência de ser apenas uma centelha, esse é iluminado.”
Um iluminado deve saber muito bem como levar a vida!