Quando menos é mais
Informação. Nunca foi tanta, e nunca esteve tão disponível. Soma-se isso à realidade de uma sociedade de consumo voraz: o resultado só pode ser um devoramento compulsivo de tudo o que se encontra ao nosso redor.
“Não há tempo à perder!” Dizem por aí… e assim vamos engolindo (sem mastigar nem digerir) o que nos acontece ou o que nos interessa. Mas assim como não é a comida que nos nutre – e sim a digestão que é feita dela – a informação devorada não nos traz conhecimento, muito menos sabedoria.
Temos que descer desse trem desatinado se quisermos fazer algum progresso em termos de sabedoria. É preciso obedecer ao tempo dos processos ruminativos. Caso contrário me transformo não no que sou, e sim no que o mundo me oferece. E aí o que tenho eu para oferecer ao mundo???
Nós só nos apropriamos das coisas quando temos tempo para refletir e processar. Tem que acontecer uma assimilação de tudo o que é visto e de tudo o que é vivido, nem que para isso seja preciso ver ou viver “menos”.
Coloco esse menos entre aspas porque realmente acredito que quando existe intenção e consciência, nós vivemos é MAIS.
Mais e menos aqui não diz respeito ao tempo, nem à repetição, e sim à qualidade. Não deixem que as coisas passem sem que nada seja acrescentado…
Um livro bem lido ou um amor bem vivido, valem por mil.
Profundo e esclarecedor: “É preciso obedecer ao tempo dos processos ruminativos. Caso contrário me transformo não no que sou, e sim no que o mundo me oferece.”
A postura ideal que devemos procurar, filtrando as informações que nos chegam em tão grande escala a todo momento.