Os Complexos
O termo complexo é muito utilizado em nossa linguagem do dia a dia. Às vezes ouvimos por aí que alguém age de determinada forma porque tem complexo de inferioridade, ou de salvador, e assim por diante.
Dentro da psicologia analítica, os complexos são entendidos como aglomerados de conteúdos psíquicos, relativamente independentes da personalidade do eu, mas ainda assim capazes de influenciá-lo. É como se fossem uma espécie de personalidade distinta da nossa, dentro de nossa própria psique.
Numa condição esquizofrênica, eles podem se emancipar em relação ao controle consciente e adquirir vida própria. Nessa situação, é como se não houvesse mais um “eu” no comando. Às vezes a gente se depara com alguém que diz ser Jesus Cristo. Em Curitiba tinha um bem conhecido. Não posso afirmar que seja esse o caso, mas me parece que sim.
Em outros casos, é possível ver a manifestação de um complexo quando o ego perde sua soberania na consciência por alguns instantes. Um ataque de ira seria um ótimo exemplo. No senso comum, dizemos que a pessoa “sai de si”. E é por aí mesmo. O ego sai e o complexo toma seu lugar, a ponto de muitas vezes nos arrependermos logo que retomamos a consciência.
Mas, mesmo quando tudo está bem e nada nos tirou do eixo, é possível perceber o poder de influência de um complexo. Todos nós temos algumas situações na vida em que nosso controle através da força de vontade é mínimo. Que o diga todos aqueles que possuem algum tipo de vício. E mesmo que não chegue a esse ponto, quantas e quantas vezes tentamos lutar contra uma força (ou um desejo) imperativo, e perdemos? Você pode resistir, mas somente até certo ponto. Pois alguns complexos podem ser mais poderosos do que a vontade do ego.
Existe basicamente duas formas de obter algum controle sobre essas forças autônomas. Uma é através do fortalecimento egóico, e a outra através de um enfraquecimento da energia psíquica envolvida com cada complexo. A medida que essas personificações vão se tornando consciente, já não nos afetam tanto. Por isso o trabalho de autoconhecimento é tão importante. Assim não ficamos à mercê das forças. Pelo contrário, nos fortalecemos através do trabalho com elas.
Muito bom! Exatamente assim acontece. Obrigado!
Oi Ana! Que ótimo ver seu site aqui na net e de alguma forma “revê-la”! Fiquei muito feliz pelo seu site e pelos seus excelentes textos. Não sei se lembra de mim,Kathy- de Belo Hroizonte. Trocamos correspondências por muito tempo e você foi minha amigona na adolescência, sinto saudades. E até hoje tenho o abacaxi que desenhou! Foi muito bom ter notícia sua por aqui. Quando puder me escreva ou me passe seu email para mantermos contato. Grande beijo!