Wake up call – este não é um texto fofo de fim de ano!
Olá pessoal… mais um ano chega ao fim. Torço que para que junto com seu fim cronológico outras coisas pereçam com 2015. Não me levem a mal, sei que soarei como um profeta do fim dos tempos, e também sei que não é esse tipo de texto que gostamos de ver num fim de ano – afinal aqueles de vida nova parecem provocar mais esperança. Entretanto, neste momento quero mesmo é dar uma sacudida geral. Espero conseguir pelo menos dar uma cutucada!
Tenho sonhado e refletido nos últimos meses sobre os acontecimentos globais que tem se manifestado neste ano. Acho preocupante: coletivamente chegamos em muitas crises, muitos rompimentos, muitas psicopatias grupais. Rachaduras na terra, na carne e na alma… A cisão está em toda parte. Nas relações humanas, no trato do homem com o resto de seu ambiente, dentro do indivíduo – que está entorpecido com distrações baratas… enfim, está na alma do mundo. Coisas ruins acontecem hoje e aconteceram sempre, mas reparem em como temos nos situado perante as coisas: ou não percebemos a dimensão dessa rachadura ou percebemos e não sabemos o que fazer com isso.
Minha preocupação é a seguinte: será que o planeta ainda aguenta nossa loucura e nossa cegueira por quanto tempo? Quem ou o que poderia nos salvar dessa anestesia, desse embotamento? PRECISAMOS ACORDAR. Chacoalhem (com amor e uma xícara de chá) seus vizinhos, seus parentes e o mundo inteiro. Talvez não dê tempo para deixar o trabalho para a próxima geração. Meu desejo para 2016: menos distrações e mais compromisso. Que cada um se levante e faça o que for possível para gerar luz e conexão humana.
Um abraço forte para todos, um bom fim de ano e continuaremos o trabalho
“O que falta ao nosso mundo é a conexão anímica. [...]” JUNG, vol. XVI/2